segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Estimados amigos:


Aracaju, noite de 24-10-2018.


 Estimados amigos:

 Ficção e realidade

 Quanto mais eu leio os contos de ficção de autoria de contistas famosos, mais me orgulho dos meus contos da Escola Realista, cujo patrono é o norte-americano Jack London.
 Reconheço que contistas de ficção, tais como Guy de Maupassant e Tchecoff têm no cérebro uma usina de imaginação e de invenções literárias.
 Quanto mais eu leio esse gigantes da arte literária, mas eu me orgulho dos meus contos.
 É incrível que na minha vivência de dez anos numa fazenda isolada no sertão nordestino eu tivesse motivo para escrever 57 contos verdadeiros.
 Ao chegar aos 95 anos, ainda me lembro de imagens que somente existem no sertão.
 Lá, os arco-íris são os mais coloridos.
 Eu tinha medo de passar debaixo deles, porque no sertão corria a lenda de que poderia virar mulher.
 Eu adorava as tempestades; os relâmpagos e os trovões, muito frequentes no verão.
 Aos cinco anos de idade eu já montava no cavalo ALAZÃO, do meu avô. Levei muitas quedas, porém, por sorte, nunca me acidentei.
 Aos seis anos fui matriculado na escola pública do povoado Samambaia, o qual ficava distante seis quilômetros da fazenda.
 Para estudar, eu caminhava, diariamente, 12 quilômetros. Após quatro anos recebi diploma do curso primário.
 Com a naturalidade com que a água corre de uma fonte, eu redigia poemas para uma colega muito bonita, porém nunca entreguei a ela, por falta de coragem.
 Ainda hoje tenho saudade das muitas aventuras que me ocorreram na infância.
 Elas então relatadas no meu livro CONTOS do SERTÃO.


                  Edson Valadares

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Caros leitores deste blog:

  Aracaju, 15 de setembro de 2020.      Caros leitores deste blog:      Com o apoio de vocês, este meu blog recebe acessos de qu...