Aracaju, noite de 24-10-2018.
Estimados
amigos:
Ficção e realidade
Quanto
mais eu leio os contos de ficção de autoria de contistas famosos, mais me
orgulho dos meus contos da Escola Realista, cujo patrono é o norte-americano
Jack London.
Reconheço
que contistas de ficção, tais como Guy de Maupassant e Tchecoff têm no cérebro
uma usina de imaginação e de invenções literárias.
Quanto
mais eu leio esse gigantes da arte literária, mas eu me orgulho dos meus contos.
É
incrível que na minha vivência de dez anos numa fazenda isolada no sertão nordestino
eu tivesse motivo para escrever 57 contos verdadeiros.
Ao
chegar aos 95 anos, ainda me lembro de imagens que somente existem no sertão.
Lá,
os arco-íris são os mais coloridos.
Eu
tinha medo de passar debaixo deles, porque no sertão corria a lenda de que poderia
virar mulher.
Eu
adorava as tempestades; os relâmpagos e os trovões, muito frequentes no verão.
Aos
cinco anos de idade eu já montava no cavalo ALAZÃO, do meu avô. Levei muitas
quedas, porém, por sorte, nunca me acidentei.
Aos
seis anos fui matriculado na escola pública do povoado Samambaia, o qual ficava
distante seis quilômetros da fazenda.
Para
estudar, eu caminhava, diariamente, 12 quilômetros. Após quatro anos recebi
diploma do curso primário.
Com
a naturalidade com que a água corre de uma fonte, eu redigia poemas para uma
colega muito bonita, porém nunca entreguei a ela, por falta de coragem.
Ainda hoje tenho saudade das muitas aventuras
que me ocorreram na infância.
Elas
então relatadas no meu livro CONTOS do SERTÃO.
Edson Valadares
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