terça-feira, 21 de março de 2017

Maio 2011



                                  ANO 2011
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                                      MAIO

18.              Estou pulando de contente.  No dia 27 próximo, a dona do meu Diário chega ao Rio, para me visitar e matar saudades desta cidade na qual morou no curso dos seus primeiros dez anos de idade.
 Seja bem-vinda minha doce poetisa Deise Valadares!
 É pena que serão apenas dez dias de alegria.  Ela regressa para Aracaju e eu aqui permaneço no afã de publicar os meus livros e mostrar o meu rosto ao mundo.
 Preparo um extenso programa turístico que ela jamais esquecerá.
 Com esse intuito, tomei hoje um ônibus e parti da Ilha do Governador para o Centro da cidade.
 Desejava descobrir e conhecer o que havia nesse bairro que me era desconhecido, embora tivesse aqui trabalhando durante 40 anos! Esta cidade é imensa. O Centro é o principal monumento da história do Brasil.
 Eu conhecia as ruas principais, como Sete de Setembro, Assembleia, Ouvidor, Rosário e outras. Contudo somente as conhecia até a histórica rua 1º de Março, excetuada a Praça XV.
 O instinto guiou-me a passar para o outro lado dessa rua para explorar o que havia além.
 O que vi me deu a impressão de que pela primeira vez pisava o chão desta cidade de João do Rio, o seu maior cronista.
 É curta a extensão das ruas que atravessam a 1º de Março.
 Para não me tornar prolixo, relato apenas as coisas que me surpreenderam e me causaram emoção.


 Na Praça XV constatei que a imponente estátua do General Osório estava sendo restaurada, ao custo de R$ 290.000,00.
É sempre assim! O Poder Público não conserva os monumentos espalhados pela URBE. Quando estes começam a se mutilar são gastas fortunas para remoçá-los.
 Encontrei duas antigas igrejas católicas por mim desconhecidas. Igreja N. S. do Parto e Igreja N. S. da Lapa.
 A Bolsa de Valores do Rio a conhecia situada na Praça XV. Como se sabe, foi fechada e os seus negócios transferidos para a Bolsa de São Paulo.
 Daí a minha surpresa. Na Travessa do Comércio, ali próxima, um suntuoso edifício onde se lia: Bolsa de Valores. Tive a impressão de que fosse um túmulo de vidro!
 Nessa pequena área onde se situam o primeiro Correio do Brasil e a primeira sede do Banco do Brasil, visualizei dezenas de edifícios antigos, todos eles ostentando sacadas de ferro.
Próximo dali, situam-se a Casa da França e a riquíssima Igreja da Candelária, construída com pedras de mármore vindas de Portugal.
 Já os sinos soavam as 12 horas.  O estômago reclamava por alimento. O corpo envelhecido dizia-se cansado.
Na rua 1º de Março tomei uma Van e retornei à Ilha muito satisfeito por haver travado conhecimento de um pedaço do coração do Rio.
 Em homenagem ao saudoso João do Rio, escrevi esta crônica.

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