quinta-feira, 15 de outubro de 2015

SAUDADE




Meus prezados leitores:

Eu não pretendo enriquecer este Blog com literatura de outros personagens.
Entretanto, uma razão muito especial me induz a contrariar esse pensamento.
Estudioso dos mais importantes tratadistas da arte poética, desde Aristóteles e Horácio, acho-me capacitado a julgar poetas e suas poesias.
Neste momento, desejo me reportar a um poeta nascido no estado do Piauí em 1885 e falecido em 1950, na cidade do Rio de Janeiro.
Na minha opinião seria ele o poeta número um do Brasil.
Refiro-me a Costa e Silva, Antônio Francisco da Costa e Silva.
Apraz-me divulgar o seu mais famoso soneto.

SAUDADE

Saudade! Olhar de minha mãe rezando.
E o pranto lento deslizando em fio...
Saudade! Amor da minha terra... O rio
Cantigas de águas claras soluçando.

Noites de junho. O caburé com frio,
Ao luar, sobre o arvoredo, piando, piando...
E, ao vento, as folhas lívidas cantando
A saudade imortal de um sol de estio.
Saudade! Asa de dor do Pensamento!
Gemidos vãos de canaviais ao vento...
As mortalhas de névoa sobre a serra.

Saudade! O Parnaíba - velho monge
As barbas brancas alongando... E ao longe,
O mugido dos bois da minha terra...



O meu livro de poesia, intitulado VERSOS no ESPELHO (700 páginas), segunda edição, surgirá brevemente. Nele vocês encontrarão sonetos também de alto nível.

Edson Valadares

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