Meus
prezados leitores:
Eu não pretendo enriquecer este Blog com
literatura de outros personagens.
Entretanto, uma razão muito especial me induz
a contrariar esse pensamento.
Estudioso dos mais importantes tratadistas da
arte poética, desde Aristóteles e Horácio, acho-me capacitado a julgar poetas e
suas poesias.
Neste momento, desejo me reportar a um poeta
nascido no estado do Piauí em 1885 e falecido em 1950, na cidade do Rio de
Janeiro.
Na minha opinião seria ele o poeta número um
do Brasil.
Refiro-me a Costa e Silva, Antônio Francisco
da Costa e Silva.
Apraz-me divulgar o seu mais famoso soneto.
SAUDADE
Saudade! Olhar de
minha mãe rezando.
E o pranto lento
deslizando em fio...
Saudade! Amor da
minha terra... O rio
Cantigas de águas
claras soluçando.
Noites de junho. O
caburé com frio,
Ao luar, sobre o
arvoredo, piando, piando...
E, ao vento, as
folhas lívidas cantando
A saudade imortal de
um sol de estio.
Saudade! Asa de dor
do Pensamento!
Gemidos vãos de
canaviais ao vento...
As mortalhas de névoa
sobre a serra.
Saudade! O Parnaíba -
velho monge
As barbas brancas
alongando... E ao longe,
O mugido dos bois da
minha terra...
O meu livro de poesia, intitulado VERSOS no
ESPELHO (700 páginas), segunda edição, surgirá brevemente. Nele vocês
encontrarão sonetos também de alto nível.
Edson Valadares
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