Aracaju,
10 de março de 2016.
Ilmo.
Senhor Professor
GLAUBER,
elegante síndico
deste
condomínio.
Senhores e senhores condôminos:
Apresento-me àqueles que não me conhecem.
Eu sou EDSON VALADARES, inquilino do
apartamento nº 1302.
Estou informado de que a maioria dos moradores
deste edifício são proprietários. Alguns ricos, outros da classe média alta.
Entretanto, observo que este condomínio é
avarento, como diria Balzac, famoso escritor francês.
Eu mesmo, diria que esses moradores que nas
reuniões do condomínio ditam as normas da administração, me parecem
egocêntricos.
O empregado aqui admitido quando ainda jovem,
envelhece e se aposenta ou morre, percebe sempre um salário mínimo!
Os empregados não têm direito a promoção por
tempo de serviço, nem mesmo um plano coletivo de saúde.
Eu sou aposentado. Vivo somente dos meus
proventos.
Contudo, a minha empregada ganha mais do que os
empregados deste condomínio. Tem plano de saúde e indenização por cada ano de serviço.
Para executar a limpeza deste edifício de 14
andares e os espaços comuns, há um único empregado.
Eu sou discípulo de Montesquieu, e, portanto,
sou paladino da justiça.
Do exposto, proponho aos condôminos ora
presentes, que aprovem normas visando a corrigir as injustiças antes apontadas,
em favor daqueles que zelam pelo nosso conforto e segurança.
Edson Valadares
(poeta e escritor)
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