A POESIA
Desde a segunda metade do século XX e nos
princípios deste século, a poesia vive na UTI do hospital da literatura.
Em séculos passados, desde Homero e Sappho, a
poesia (música da alma) era considerada a arte principal.
Mas... o que é poesia?
Assim a definem os dicionários:
“Poesia. Forma de expressão linguística
destinada a evocar sensações, impressões e emoções por meio da união de sons,
ritmos e harmonia, geralmente em versos”.
É evidente que, por decreto divino, nasceram no
Brasil, no século XX, dois poetas capazes de retirar a poesia da UTI.
Eu, nascido em 1924, e uma filha nascida em
1984.
Ambos, estamos inscritos junto ao Comitê do
Prêmio Nobel de Literatura para concorrermos ao concurso deste ano.
Anexo, divulgo um poema meu e outro dela.
Cabe-me aduzir como nasceu o poema A
TEMPESTADE.
Eu lia o livro A TEMPESTADE, de Shakespeare. De
improviso senti o calor da minha Musa e, em poucos minutos, nasceu esse poema.
Ao compor o poema “A BAILARINA”, minha filha
completava NOVE anos de idade.
Edson Valadares
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A TEMPESTADE
Serás tu mensageira da
cólera do céu?
E à Terra semeias o
medo e o caos!
Os teus relâmpagos
iluminam o espaço,
Provocando o estampido
de trovões
Que nos assombram como
tiros de canhões.
Do teu ventre nasce a
eletricidade,
Que assombra o homem
com luminosos raios.
A tua fúria abre a
barriga das nuvens,
Que afogam os rios com
a chuva.
Serás tu, tempestade,
obra do Apocalipse?
Afortunamente, tu logo
foges
E o firmamento veste-se
de azul.
O Sol brilha novamente.
A vida antes suspensa,
reativa-se.
O campesino sua
colheita recomeça.
A Natureza retorna à
calmaria,
E os passarinhos,
alegres, gorjeiam.
O homem segue seu
caminho para o futuro.
Aracaju, tarde escura
de 24 de abril de 2006.
A BAILARINA
Eu sou a bailarina
Eu sou muito pequenina
Rodo rodo sem parar
Às vezes penso que vou
voar
Mas já sou uma voadora
Com as asas da
imaginação
Sou passarinho que voa
Sem tirar os pés do
chão
Eu não canso de dançar
Quando saio do palco
Sou uma pequena menina
Que sonha em ser
Uma grande bailarina
Deise Valadares
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