sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

ESTOU SÓ (II)




ESTOU SÓ (II)

Meia –noite. Estou só.
Acordado, ouço o silêncio.
Penso no passado,
No presente e no futuro.
Do passado guardo alegres
E tristes recordações.
Fecho os olhos e, na minha
Mente, desfilam os espíritos
De parentes, amigos
E conhecidos mortos.
Os anos desfilavam
Como tropas em marcha.
No presente, estou velho, cansado,
Privado de sonhos
E de venturas. Vejo a realidade.
Estou à beira do abismo e
Já ouço o chapinhar
Dos passos da negra morte.
Penso no futuro. Que futuro?
Aproximo-me do ponto de chegada
Desta misteriosa olimpíada da vida.
Morrerei só, sem fé, sem objetivo,
Sem destino, alheio a Deus e ao Diabo.


Aracaju, noite de 27 de janeiro de 2007.


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