ESTOU SÓ (II)
Meia –noite. Estou só.
Acordado, ouço o
silêncio.
Penso no passado,
No presente e no
futuro.
Do passado guardo
alegres
E tristes recordações.
Fecho os olhos e, na
minha
Mente, desfilam os
espíritos
De parentes, amigos
E conhecidos mortos.
Os anos desfilavam
Como tropas em marcha.
No presente, estou
velho, cansado,
Privado de sonhos
E de venturas. Vejo a
realidade.
Estou à beira do abismo
e
Já ouço o chapinhar
Dos passos da negra
morte.
Penso no futuro. Que
futuro?
Aproximo-me do ponto de
chegada
Desta misteriosa
olimpíada da vida.
Morrerei só, sem fé,
sem objetivo,
Sem destino, alheio a
Deus e ao Diabo.
Aracaju, noite de 27 de
janeiro de 2007.
Nenhum comentário:
Postar um comentário