quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

DIÁRIO 2019 7 Janeiro


DIÁRIO
  2019
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                     Janeiro


 7.        Na madrugada de hoje ocorreu-me um sonho extraordinário, merecedor de registro neste Diário.
 Antes, porém, devo me reportar ao passado.
 A minha mãe deu à luz a dez filhos. Cinco homens e cinco mulheres.
 É interessante notar-se que num ano nascia um filho homem, e no ano seguinte uma mulher.
 Apenas um morreu antes da idade de um ano.
 O meu pai dava aos filhos nomes começando com a letra E.
 Convido a minha memória de 95 anos a nomear os nomes da família.

 Everton – falecido.
 Elizabeth - 97 anos. Mora em Brasília.
 Edson - eu.
 Esther – falecida.
 Everaldo - reside em Ilhéus.
 Edelvira - reside na cidade de São Paulo.
 José – falecido.
 Elza – falecida.
 Tereza - mora em Salvador/BA.

 Os nossos pais se separaram quando residiam na cidade de Boquim/SE.
 A minha mãe e seus 9 filhos mudou-se para Aracaju, capital do Estado.
 Ela faleceu aos 42 anos de idade, de leucemia.
 Everton era oficial do Exército.
 Elizabeth assumiu o lugar da nossa mãe.
 Mais tarde, ela casou-se e foi morar na cidade de Ilhéus.
Elza ocupou o seu lugar.




 Eu era Contador de uma empresa de petróleo de São Paulo. Morava na vizinha cidade de Socorro.
 Em janeiro de 1950, a empresa encerrou suas atividades em Sergipe. Vendeu a sonda para o Conselho Nacional do Petróleo.
 O seu presidente me convidou para trabalhar na matriz, sita na cidade do Rio de Janeiro, onde vivi a maior saga da minha vida.
 Após este prólogo, volto ao assunto principal deste registro do meu passado, na forma de um sonho.
 Apenas uma vez em toda a minha existência, sonhei com o espírito da minha mãe.
 Sonhei em torno de 20 vezes com o meu falecido irmão Everton.
 Então, para a minha surpresa, nesta madrugada sonhei que me encontrava com o falecido José, e conversarmos, porém, não me lembro do que.
 Ele parecia de carne e osso.
 A voz era dele!
 O encontro foi rápido, numa rua que me parecia estranha.
 Sonho: fantástico mistério.
 Faz uns 50 anos que sonhei que tinha morrido.
 Eu via o meu corpo dentro do caixão, cercado pela minha família; todos eles choravam.
 Eu sobrevoava o caixão, e gritava: não chorem. Eu estou vivo!
 Um dos meus sonhos mais fantásticos foi a minha visita ao inferno.  Eu via Satanás sentado ao lado de uma longa mesa, e ouvia os gritos das almas. O meu cicerone informava que aqueles gritos eram das almas penantes dentro de caldeirões de fogo.


            Edson Valadares.

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