quarta-feira, 5 de abril de 2017

RIO DE JANEIRO – UMA PAIXÃO






                  RIO DE JANEIRO – UMA PAIXÃO
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Em 1555 surgiu, na fascinante Baía de Guanabara, uma esquadra francesa comandada pelo Almirante Nicolau Durand de Villegaignon.
 Ao fundear seus navios dentro da baía, o Almirante francês viu-se tomado de paixão pelo fantástico lugar. Os seus olhos de viajante jamais haviam enxergado paraíso semelhante.
 O Sol e a Lua mais belos, mais brilhantes. No crepúsculo viam-se os cumes dos morros e das montanhas dourados, pela luz do astro do dia. As matas densas e verdes como os olhos de Afrodite.
 Embriagado com aquele panorama paradisíaco, Villegaignon tomou a decisão de apropriar-se do lugar para ofertá-lo ao seu rei.
 Não houve resistência.
 Decorridos dez anos de ocupação, os franceses foram expulsos pelo exército português auxiliado por guerreiros tribais.
 Derrotado, o Almirante francês retornou triste à sua pátria, vendo fracassadas a sua aventura e paixão.
Sem dúvida, Villegaignon foi o primeiro grande apaixonado pela atual cidade do Rio de Janeiro.
 A cidade, hoje internacionalmente conhecida como a “Cidade Maravilhosa”, foi fundada no dia1º de março de 1565.
 Em homenagem ao Almirante francês, o autor desta crônica compôs o hino anexo.







HINO
À Cidade do Rio de Janeiro
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RIO... cidade divina, maravilhosa!
Sois do Universo a mais formosa.
Como as gentes, tendes alma, tendes vida!
E no vosso rosto vê-se a beleza esculpida.

Se fosseis mulher teríeis vasto coração,
E vossa voz inundaria o Cosmo com uma canção
Conclamando os povos e os deuses
Para eterna festa de amor entre os seres

Nos vossos rios, lagoas e florestas
Moram, brincam e sorriem belas ninfas
Acariciadas por iridentes raios do sol,
Esse Astro-rei que nos brinda com o arrebol!

Como se fossem divinos seios da cidade
Erguem-se para o céu brilhantes de vaidade
O Pão de Açúcar e seu irmão, o Corcovado,
Obras-primas de um Deus afortunado.

Vosso céu azul cravejado de estrelas,
Onde vivem e cantam deusas e sereias,
Ao som de uma clássica orquestra celestial
Cuja música diviniza o Bem e condena o Mal.

O Supremo Criador do infinito Universo
Fez o Rio com o amor com que se faz um verso,
Cantando as praias matizadas de lantejoulas
E jardins salpicados de flores e de papoulas.

    
Como prêmio para toda a eternidade,
Deus presenteou com duas baías a cidade,
Onde barquinhos ligeiros e de brancas velas,
Levam nos seus converses as mulheres mais belas.

Para saudar a aurora de um novo século,
O Rio ficou mais lindo, mais belo.
Semeou-se a semente de um sonho de felicidade
Prometida por Deus aos habitantes da cidade.




Aracaju, maio de 2003.



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