RIO DE JANEIRO – UMA PAIXÃO
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Em 1555 surgiu, na
fascinante Baía de Guanabara, uma esquadra francesa comandada pelo Almirante
Nicolau Durand de Villegaignon.
Ao fundear seus navios dentro da baía, o Almirante
francês viu-se tomado de paixão pelo fantástico lugar. Os seus olhos de
viajante jamais haviam enxergado paraíso semelhante.
O Sol e a Lua mais belos, mais brilhantes. No crepúsculo
viam-se os cumes dos morros e das montanhas dourados, pela luz do astro do dia.
As matas densas e verdes como os olhos de Afrodite.
Embriagado com aquele panorama paradisíaco, Villegaignon
tomou a decisão de apropriar-se do lugar para ofertá-lo ao seu rei.
Não houve resistência.
Decorridos dez anos de ocupação, os franceses
foram expulsos pelo exército português auxiliado por guerreiros tribais.
Derrotado, o Almirante francês retornou triste
à sua pátria, vendo fracassadas a sua aventura e paixão.
Sem dúvida,
Villegaignon foi o primeiro grande apaixonado pela atual cidade do Rio de
Janeiro.
A cidade, hoje internacionalmente conhecida
como a “Cidade Maravilhosa”, foi fundada no dia1º de março de 1565.
Em homenagem ao Almirante francês, o autor
desta crônica compôs o hino anexo.
HINO
À Cidade do Rio de
Janeiro
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RIO... cidade divina,
maravilhosa!
Sois do Universo a mais
formosa.
Como as gentes, tendes
alma, tendes vida!
E no vosso rosto vê-se
a beleza esculpida.
Se fosseis mulher
teríeis vasto coração,
E vossa voz inundaria o
Cosmo com uma canção
Conclamando os povos e
os deuses
Para eterna festa de
amor entre os seres
Nos vossos rios, lagoas
e florestas
Moram, brincam e
sorriem belas ninfas
Acariciadas por
iridentes raios do sol,
Esse Astro-rei que nos
brinda com o arrebol!
Como se fossem divinos
seios da cidade
Erguem-se para o céu
brilhantes de vaidade
O Pão de Açúcar e seu
irmão, o Corcovado,
Obras-primas de um Deus
afortunado.
Vosso céu azul
cravejado de estrelas,
Onde vivem e cantam
deusas e sereias,
Ao som de uma clássica
orquestra celestial
Cuja música diviniza o
Bem e condena o Mal.
O Supremo Criador do infinito
Universo
Fez o Rio com o amor
com que se faz um verso,
Cantando as praias
matizadas de lantejoulas
E jardins salpicados de
flores e de papoulas.
Como prêmio para toda a
eternidade,
Deus presenteou com
duas baías a cidade,
Onde barquinhos
ligeiros e de brancas velas,
Levam nos seus converses
as mulheres mais belas.
Para saudar a aurora de
um novo século,
O Rio ficou mais lindo,
mais belo.
Semeou-se a semente de
um sonho de felicidade
Prometida por Deus aos
habitantes da cidade.
Aracaju, maio de 2003.
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