quarta-feira, 18 de maio de 2016

ARTHUR RUBINSTEIN



Aracaju, 16-5-2016


Prezados leitores deste blog:

A pedido, publico novamente a crônica ARTHUR RUBINSTEIN, de minha autoria, quando das comemorações do seu centenário.
Segundo opiniões de notáveis críticos literários do Estado da BAHIA, esta crônica é a mais literária da língua portuguesa.
RUBINSTEIN e CHOPIN, nascidos na Polônia, são considerados os mais notáveis pianistas do mundo.

Edson Valadares

- Nota – Esta crônica é “masterpiece”, no dizer dos ingleses.






ARTHUR RUBINSTEIN



Era aniversário de Deus.
Todas as luzes do Universo foram acesas.
Bilhões de fogos de artifício celestiais cruzavam-se no céu, provocando incêndios nas estrelas.
A orquestra sinfônica de Deus tocava em Sua homenagem. O regente e os músicos – entidades divinas – estavam conduzindo o mais fantástico e sublime concerto jamais realizado em homenagem ao Criador do Universo.
Um bem-aventurado pianista se destacava na orquestra, porque o seu instrumento musical “inventava” os acordes mais suaves à audição daquela plateia divina. Ele era gênio, gênio criado pelo Ser Supremo, seu Pai.
Depois que os divinos sons musicais se perderam nos confins do infinito, Deus, o Pai misericordioso de todos os homens, pensou e decidiu emprestar ao planeta Terra o seu artista preferido. Por essa razão, no seio do povo eleito – o povo judeu – nasceu ARTUR RUBINSTEIN.
Aqui na Terra, embora tivesse o seu espírito aprisionado no corpo carnal, Rubinstein manteve a sua genialidade.
Foi ele, sem dúvida, graças à sua origem e posição no céu, o mais elevado virtuoso da musica clássica executada em piano.
Especialista em interpretar música de Chopin, conseguiu ultrapassar o próprio gênio polonês. Era um legitimo gênio musical e homem de soberbas virtudes.
Como Rubinstein nasce um em cada século.

Assim como a água mata a sede das entidades vivas, a música do gênio mata a sede musical do nosso espírito.
Quando tocava piano os dedos deslizavam nas teclas, com frêmitos elétricos produzidos pelo entusiasmo e magia da sua alma.
A sua alegre e inconfundível cabeleira branca tremeluzia nos mais importantes cenários do mundo, como uma bandeira hasteada a farfalhar por causa da ventania.
Finalmente, cumprida sua missão divina na Terra, ele foi chamado ao céu para ocupar o seu lugar, como pianista privilegiado, na orquestra sinfônica de Deus.


Rio de Janeiro, 1994.


Edson Valadares



Nota: Esta crônica foi escrita em homenagem ao grande pianista, por ocasião das comemorações do seu centenário.
Rubinstein nasceu em Lodz (Polônia), em 1889.

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