RENAN CALHEIROS

URGENTÍSSIMO

Aracaju, 2 de fevereiro de 2016.

Excelentíssimo Senhor Senador

RENAN CALHEIROS, Presidente do

Senado e do Congresso Nacional.

Excelência:

No momento em que a Câmara dos Deputados e o Senado Federal iniciam uma outra legislatura, eu rogo a vossa permissão para expor e apelar a V.Exa., a respeito desta minha denúncia.

Uma das minhas filhas exerce na Prefeitura de Aracaju o cargo de psicóloga.

Como acontece todos os anos, ela acaba de receber um boleto emitido pelo Conselho Regional de Psicologia, no valor de R$500,00.

Caso não pague, o seu diploma é cassado e será demitida da Prefeitura.

O profissional liberal estuda e trabalha para sustentar essa corja de vagabundos, funcionários desses Conselhos: sanguessugas e parasitas.

Outra filha, formou-se em Comunicação. Não paga nada, pois não existe esse tipo de Conselho.

Excelência:

Na manhã de hoje, ao transitar na rua Senador Rollemberg, sita próxima ao edifício onde resido, visualizei um casarão de dois andares e mais uma construção nos fundos.

No frontispício, divisei que três bandeiras tremulavam. A bandeira do Brasil, de Sergipe e do CRA-Sergipe.

Na entrada, vi um enorme emblema da República.

Na frente do casarão está escrito, em letras garrafais, o seguinte:

CONSELHO FEDERAL DE ADMINISTRAÇÃO.

CONSELHO REGIONAL DE ADMINISTRAÇÃO DE SERGIPE – CRA-SERGIPE.

Apurei que nesse Conselho há apenas cinco funcionários ociosos e inúteis.

Excelência:

Esse Conselho, como o Conselho de Contabilidade, Conselho de Psicologia e outros semelhantes, se apropriam dos símbolos da República e dos Estados, para insinuar que são Órgãos Públicos!!!

É chegado o momento para que V.Exa., patrício do Marechal Floriano Peixoto, providencia, com urgência, a extinção desses Conselhos, que exploram os profissionais liberais e a eles não  prestam qualquer serviço.

O Brasil tem 600.000 Contadores que são explorados pelos Conselhos de Contabilidade, antros de vagabundos e exploradores de quem trabalha.

Aqui, da planície, espero que V.Exa. atenda este meu apelo.

Respeitosamente,

Edson Almeida Valadares

(Candidato ao

Prêmio Nobel de

Literatura de 2016)