Aracaju,
1º de fevereiro de 2016.
Caros leitores:
A tarde morre.
Observo, extasiado, o apagar das lâmpadas
coloridas do crepúsculo.
As sombras da noite começam a cair.
Acendem-se as luzes da cidade.
A palavra não é suficiente para traduzir esse espetáculo
fabuloso que a Natureza proporciona ao homem.
Essa tarefa, somente pode ser representada
pelas palhetas e as tintas de um pintor genial.
A Natureza é um livro fantástico. A sua
compreensão está além da nossa imaginação!
Aos 92 anos de idade, eu me sinto no apogeu do
meu estro. A senilidade demora a surgir e apagar o meu pensamento!
Mas... como o crepúsculo, em breve as lâmpadas
que iluminam o meu cérebro começarão, também, a apagar-se.
O meu consolo consiste em saber que até o Sol
está condenado a apagar as suas fogueiras e, com ele, morrerá esta nossa
Galáxia.
Edson Valadares
(poeta)
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