quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

PETROS



URGENTE


Aracaju, 24-02-2016

PETROS
Gerencia de Relacionamentos
com Participantes


O Parágrafo único do art.31 do Plano Petros estabelece que é de 50% a antecipação no mês de fevereiro do adiantamento do 13º mês, o que no meu caso, importaria em R$5.985,54 e não R$5.159,32, como consta do meu contracheque agora recebido.
Essa gerência pode me responder o motivo dessa diferença de 72 horas?
O histórico parece-me redigido por algum analfabeto; “Adiantamento 13º Benefício Petros”.
Rogo informar a esse ignorante que nós não recebemos benefícios. Recebemos proventos.
Outro assunto:
As amortizações do meu empréstimo são estas:

1ª - 1.640,81
2ª - 1.335,70
3ª - 1.114,60
4ª - 1.199,72

Vê-se que as amortizações ao invés de aumentarem se reduzem.
Já enviei vários e-mails protestando e vocês se calam. Por quê?
Em breve, embarcarei num avião e irei a presença do presidente da Petros a fim de protestar.

Saudações.


Edson Almeida Valadares
(mat. nº 051-090-32).



DIÁRIO



DIÁRIO
2016
FEVEREIRO


23         Meu Diário.
             Registro em suas páginas notícias tristes.
             Nós éramos dez irmãos; 5 homens e 5 mulheres. Devido aos mistérios da Natureza, num ano nascia uma criança do sexo masculino. No ano seguinte, do sexo feminino.
             “Os anos passando vão... (Ovídeo)”.
             A Morte começa a ceifar um a um. Três de nós já voltaram a ser pó, como está no Livro Sagrado.
             Nesta manhã, a caçula da família, doutora Tereza Valadares, residente no mesmo edifício onde moro, visitou-me para informar-me que uma irmã de nome Esther, residente em Brasília, está à morte na UTI de um hospital.
             Restarão 5 irmãos. A mais idosa, Elizabeth, 94 anos, reside em Brasília e goza de boa saúde.
             Um outro irmão que já desencarnou, me dizia: “Essa nossa irmã vai enterrar todos nós”.
             Restamos cinco. Quem será o próximo?
             Nascer, viver e morrer! Que asneira!!!


Edson Valadares

JOSÉ ANDERSON NASCIMENTO



Aracaju, 22 de fevereiro de 2016.

Excelentíssimo Senhor Doutor
JOSÉ ANDERSON NASCIMENTO
Emérito Presidente da
Academia Sergipana de Letras (ASL)

Excelência:

Na sessão de hoje da Academia, uma vez mais, V.Exa.  sopra as cinzas da minha infância e juventude vividas nesta cidade de Aracaju.
A propósito da vossa dissertação a respeito da importância da datilografia naquela época, eu aduzo as seguintes informações.
Eu completava doze anos de idade em 1936.
Havia um curso de datilografia na Escola Olympia que durava um ano.
A minha mãe matriculou-me juntamente com uma irmã de onze anos.
Ela cursou durante um ano.
Eu, recebi diploma aos três meses, apenas, e já era, seguramente. O mais rápido datilógrafo do Brasil.
Ela, empregou-me no Cartório de Heráclito Barros.
Durante um ano, eu, uma criança de 12 anos, datilografava grossas escrituras e outros documentos sem, jamais, cometer um erro datilográfico.

Durante um ano fui escravo desse Cartório, com um salário de dez mil réis.
Até que, num dia de graça, adentrou-se no Cartório um famoso advogado de nome Alfredo Rollemberg Leite.
Ele avistou-me a datilografar com a velocidade do relâmpago; aproximou-se de mim, e perguntou: “Quer trabalhar comigo? pago cem mil réis ao mês.”.
No dia seguinte, no seu escritório, eu respirava o ar da liberdade e consegui, desde então, a minha independência financeira.
Logo depois, ele me admitiu no Sindicato dos Usineiros de Sergipe, e, então, passei a acumular a função de datilógrafo do Sindicato e dele também.
Passados dois anos, fui admitido como datilógrafo, na Cooperativa dos Usineiros de Sergipe, da qual fui funcionário até o ano de 1945.
Em 1939, antes de estourar a Segunda Guerra Mundial, houve na Suécia um concurso mundial de datilografia. O campeão foi um sueco.
No Jornal do Comércio, da cidade do Rio de Janeiro, eu tomava conhecimento desse concurso e de outras notícias do Brasil e do mundo.
O jornal divulgou a quantidade de dígitos e o respectivo tempo utilizado pelo campeão.
Para avaliar a mim mesmo, coloquei papel na máquina de escrever e, para a minha surpresa, empatei com o campeão do mundo, aos 15 anos de idade.
Em 1945, o presidente da Cooperativa cedeu-me, como datilógrafo, ao político Leandro Maciel, com quem trabalhei durante um ano.
No final de 1945, de posse do diploma de Contador, fui nomeado Contador da Companhia ITATIG, uma empresa paulista de petróleo que chegava em Aracaju.
Em janeiro de 1950, a ITATIG vendeu a sonda para a CNP e eu fui transferido para a Matriz, com sede na cidade do Rio de Janeiro.
Aqui termina o primeiro capítulo da história da minha vida.

Respeitosamente,

Edson Valadares

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