Aracaju, 14 de
setembro de 2020.
Excelentíssima escritora
Lilia Moritz Schwarcz
Aos cuidados da Editora Schwarcz
e-mail: coletas@mtecnetsp.com.br
Excelência:
O autor deste e-mail, idoso de 97 anos, toma a
liberdade de - graças à internet - me comunicar com a autora do livro “AS BARBAS DO IMPERADOR” e se alegrar que V.
Exa. ainda ocupa espaço neste Planeta.
Estou lendo o livro mencionado e, também Contos
de GUY de MAUPASSANT, considerado o maior contista francês.
Eu sou “apaixonado” por esse gênero literário.
O meu livro CONTOS do SERTÃO, suponho que não
há, no mundo, outro superior.
Os contos em número de
57, são ilustrados a cores. Cada exemplar me custou R$ 170,00.
A TABA Cultural, da cidade do Rio de Janeiro,
onde morei durante 50 anos, é a minha Editora.
Como sou aposentado, publico os meus livros
pouco a pouco, e não vendo nenhum.
Os já publicados são:
1) CONTOS do SERTÃO;
2) VERSOS no ESPELHO;
3) DIÁRIO de UM POETA;
4) PENSAMENTOS, etc.;
5) CARTAS do BRASIL (5.000 páginas); 10 volumes cada.
Segundo intelectuais da Bahia, eu sou:
o maior poeta do Brasil e do mundo neste
século;
Idem, o maior contista, do nível do russo TCHÉKHOVE;
O maior epistológrafo;
Pensador; etc.
Sou candidato ao Prêmio Nobel de Literatura
deste ano, e dos próximos.
Ainda não sou famoso porque as editoras não
publicam livros de poesia, nem de escritores desconhecidos do grande público.
Receio morrer no anonimato, assim como morre
um mosquito na floresta amazônica.
Tenho uma filha de 36 anos que é poetisa do
nível da grega SAFO. Deise é gênio.
Convido V. Exa. a conhecer Aracaju; e mais
algumas coisas do menor Estado do Brasil, porém o maior, no que diz respeito a
arte literária.
A convite do presidente, eu assisto as sessões
da Academia Sergipana de Letras. A hospedagem é por conta da família.
Estou completando 97 anos, e espero comemorar
os 100.
Eu tinha 70 anos quando iniciei a escrever em
prosa e poesia.
Eu gostaria de remeter para v. Exa. ao menos o
meu livro de poesia, 725 páginas.
Tenho uns 10 livros no prelo.
Respeitosamente,
Edson
Almeida Valadares
(Descendente da
nobreza de Portugal).
O objetivo desta carta era o de oferecer a v.
Exa. os meus pobres aplausos.
Entretanto, falei de mim mesmo.
Desculpe-me.
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