Aracaju, 1° de junho de 2020.
TV Cultura
São Paulo
A atenção da diretoria.
Confio a essa TV um resumo da minha biografia,
a qual podemos chamar de SAGA.
No dia 7 de janeiro de 1924 eu nasci na
fazenda Buril, de propriedade dos meus pais.
Ao completar seis meses, os meus pais me
doaram a meus avós, proprietários da fazenda Boqueirão, sita no município de
Tobias Barreto.
Aos nove anos recebi diploma do então curso
primário.
Os meus pais e oito meus irmãos mudaram-se
para a cidade de Boquim.
O
meu pai queria que todos os seus filhos fossem doutores.
Então, quando eu completava 10 anos de idade
ele me resgatou para a civilização.
Quando eu completava 11 anos, os meus pais se
separaram.
Então, a minha mãe mudou-se para Aracaju,
capital do Estado de Sergipe, levando os seus 9 filhos.
Quatro deles obtiveram diplomas de curso
superior, inclusive eu.
No momento estão vivos quatro.
Em Aracaju, a minha mãe não conhecia ninguém.
Ela era modista e professora de corte e
costura.
Sozinha, ela criou os nove filhos.
Morreu aos 42 anos de idade, de câncer.
O
meu pai morreu aos 85 anos, cego dos dois olhos.
A
minha irmã, a mais idosa dos nove, cuidou dos irmãos.
Vive aos 99 anos em Brasília.
Em 1945 eu recebi o diploma de Contador.
Em janeiro de 1950 um avião da VARIG levou-me
para a cidade do Rio de Janeiro, onde vivi durante 50 anos.
No Rio fiz concurso para PETROBRAS. Aprovado
em primeiro lugar, fui nomeado para Belém, capital do Estado do Pará.
Após três anos fui transferido para Salvador.
Decorridos oito anos voltei para a matriz, no
Rio de Janeiro.
Tive treze empregos.
11 em empresas particulares, e dois em
estatais.
Aposentei-me em 1984.
Em data que não me recordo, fui morar em
Ilhéus (Bahia), onde ingressei na arte literária (prosa e verso).
No ano 2.000 mudei-me para esta capital, com
esposa (falecida), e duas filhas.
A ociosidade, me fez mergulhar na arte
literária (prosa e verso).
Neste ano, pela terceira vez, sou candidato ao
Prêmio Nobel de Literatura.
Neste século, eu sou o número um do Brasil e
do mundo, em vários gêneros literários, notadamente a poesia e o conto.
Já
chegando ao pódio dos 97 anos, receio morrer sem publicar todos os meus livros,
somando cerca de 10.000 páginas selecionadas.
Se essa TV me apoiasse, certamente isso
contribuiria para ser laureado com o Nobel.
Suponho que chegarei aos 100 anos.
Sou sedentário.
Nunca tomei vacina.
Faz uns 60 anos que não tenho febre, nem
doenças graves.
Desde que nasci durmo religiosamente, oito horas.
Creio que eu seja o maior sonhador do mundo.
Cálculo que já sonhei em torno de 180.000 sonhos,
ou seja, cinco sonhos por noite.
Como auditor, fiz auditoria contábil no
Brasil, na França, na Alemanha, no Canadá, no Panamá, e duas vezes em Nova
York.
O
meu livro de poesia tem 725 páginas.
Estou publicando cerca de 61 cartas que
recebi.
À
consideração dessa TV.
Edson Almeida Valadares.
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