terça-feira, 15 de maio de 2018

PATRÍCIA VERÔNICA NUNES


Aracaju, 6-5-2018.


Excelentíssima Mestra
PATRÍCIA VERÔNICA NUNES
CARVALHO SOBRAL DE SOUZA.


Excelência:

Rogo desculpar-me pela ousadia de incomodar-vos uma vez mais, com a minha correspondência.

Mas... aconteceu-me um fato singular, que me parece digno do vosso conhecimento.

Acaba de morrer a minha segunda esposa de 54 anos de idade, vítima de um AVC.

Penalizada de mim, a minha Musa rompeu o silêncio e veio do monte Parnaso para consolar-me com o poema LAMENTAÇÃO, que transmito a V. Exa.

“Nascer, viver e morrer,
é um fenômeno que este
poeta não sabe compreender”.

Excelência:

Ninguém é profeta em sua terra, sentenciava a condessa francesa Mme DE SÉVIGNÉ, a maior epistológrafa da França e do mundo.

Para ganhar fama no mundo literário de quem nasce em Sergipe, quer no passado, quer atualmente, deve migrar para a cidade do Rio de Janeiro ou a capital de São Paulo.

São exemplos: Tobias Barreto, João Ribeiro, Silvio Romeiro, Hermes Fontes, Joel Silveira, e alguns mais.

Sergipanos que mereciam a fama, mas confinados nas fronteiras do Estado, não obtiveram: Mário Cabral, Manoel Cabral Machado e outros, apagados da minha memória.

Em 1984, nascia na cidade de Tobias Barreto, Deise Valadares, que seria a poetisa grega Sappho reencarnada.

O livro dela, CANTO de UMA JOVEM, publicado online pela AMAZON, confirma a opinião do saudoso crítico literário Mário Cabral.

Entretanto, oferecido a algumas editoras do Rio de Janeiro e de São Paulo, não provocou interesse.

Ela e eu somos candidatos ao Prêmio Nobel de Literatura de 2018 e de 2019.

Somente beberemos o vinho da glória, no caso em que sejamos laureados.

Prisioneira nas fronteiras deste Estado, V. Exa não tem a possibilidade de obter fama nacional; fama que, aliás, não cobiça.

Quando eu olho para o poente e vejo o fluir do crepúsculo, ponho-me a configurar que, a qualquer momento, saberei se há vida após a morte.

A minha obra literária em processo de edição, soma 15 livros e 10.000 páginas.


No momento, escrevo apenas o meu Diário, e algumas cartas.

Obedeço à máxima de Goethe, a saber: “Aquilo que se escreve no momento da inspiração, não deve ser alterado depois”.

Escrevo ao decorrer da pena, na velocidade do relâmpago.

Finalmente, a ASL sem a vossa presença não brilha como a luz do sol.

Efusivas saudações,


            Edson Valadares

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