sexta-feira, 6 de abril de 2018

URGENTE


                      
                    URGENTE


Aracaju, 5 de abril de 2018.

Excelentíssima Ministra e
Presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF), CÁRMEN LÚCIA.

Excelência:

 Antes de começar a redigir esta correspondência, consultei a Ciência da Lógica, o meu bom senso e o uso da razão.

Não sou, sequer, Bacharel em Direito, porém sou discípulo do autor do livro “ O ESPÍRITO DAS LEIS”, de MONTESQUIEU.

Ademais, sou o poeta número um do Brasil no século XXI, e, provavelmente do mundo; eis que notável poeta e crítico literário brasileiro comparou-me, como poeta, a Goethe e a Shakespeare.

Acabo de receber o meu livro “VERSOS no ESPELHO”.

 O livro contém 726 páginas e é, graficamente, o livro mais bonito da literatura brasileira.

A tiragem foi de apenas 30 exemplares, destinados  a    pessoas  e  entidades   especiais,  tais


como: o rei da Espanha, a rainha da Suécia, Académie Française de Lettres, ABL, etc.

 Reservei um exemplar para V. Exa., o qual enviarei no caso em que me informe o endereço.

 Confiante da vossa leniência, mesmo porque estou me aproximando dos 95 anos de idade,
ouso oferecer a V. Exa. a minha opinião a propósito da longa sessão do STF no dia de ontem.

Evidentemente, todos os ministros do STF já conheciam o parecer do relator e, também, do mérito do processo relativo ao “HABÉAS CORPUS” proposto pelos advogados do ex-presidente LULA.

Entendo que ministro do STF não precisa justificar o seu voto.

Basta consultar e ouvir a sua própria consciência.

Do exposto, entristeceu-me assistir às extensas justificativas expostas por Suas Excelências.

As suas ideias como que viajavam para os polos Norte e Sul.

Em outras palavras:

Eu tinha a impressão de que cada ministro defendia uma tese ou dava aula a alunos de uma universidade.


Se eu fora ministro do STF, o meu voto não demoraria mais do que 10 minutos.

A maioria da retórica de Suas Excelências era estranha ao tema.

Citou-se até estatísticas de violência.

Ninguém justificou o seu voto à vista do processo.

Ninguém afirmou que o apartamento pertencesse, de fato, ao ex-presidente.

Ninguém mencionou em nome de quem o AP estava registrado no cartório de imóveis.

Ninguém contestou se o AP pertence ou não ao acusado.

O STF é um Tribunal Supremo, ou seja, acima do Superior Tribunal de Justiça, portanto caberia a si pôr um ponto final nesse tumultuoso processo de HC.

 Rogo, finalmente, que V. Exa. não considere estas minhas palavras como se fossem críticas, mesmo porque as minhas opiniões não têm valor, pois somente serei famoso após ser laureado com o Prêmio Nobel de Literatura.





Respeitosamente,


                 Edson Almeida Valadares
            - 95 anos -
(Poeta e escritor satírico. Pensador. Contista comparado a Tchecoff; cronista comparado a João do Rio. Poeta satírico comparado a Gregório de Matos. Estudioso de dez religiões, da Doutrina Espírita, e da Quimbanda Africana. Doutor em Ciência Contábil. Estudioso das Ciências da Administração e da Organização. Estudioso da Ciência da Lógica e de Filosofia. Epitafista. Crítico literário. Estudioso da Eloquência. Orador e palestrante. Descendente do conde português Jorge Valadares, médico da expedição de Thomé de Souza, que aportou na Bahia em 1549 e foi construtor do primeiro hospital Militar do Brasil, em Salvador).

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