URGENTE
Aracaju, 5 de abril de 2018.
Excelentíssima
Ministra e
Presidente
do Supremo Tribunal
Federal
(STF), CÁRMEN LÚCIA.
Excelência:
Antes de começar a redigir esta
correspondência, consultei a Ciência da Lógica, o meu bom senso e o uso da
razão.
Não sou, sequer, Bacharel em Direito,
porém sou discípulo do autor do livro “ O ESPÍRITO DAS LEIS”, de MONTESQUIEU.
Ademais, sou o poeta número um do Brasil
no século XXI, e, provavelmente do mundo; eis que notável poeta e crítico
literário brasileiro comparou-me, como poeta, a Goethe e a Shakespeare.
Acabo de receber o meu livro “VERSOS no
ESPELHO”.
O
livro contém 726 páginas e é, graficamente, o livro mais bonito da literatura
brasileira.
A tiragem foi de apenas 30 exemplares,
destinados a pessoas e entidades
especiais, tais
como: o rei da Espanha, a rainha da
Suécia, Académie Française de Lettres, ABL, etc.
Reservei um exemplar para V. Exa., o qual
enviarei no caso em que me informe o endereço.
Confiante da vossa leniência, mesmo porque
estou me aproximando dos 95 anos de idade,
ouso
oferecer a V. Exa. a minha opinião a propósito da longa sessão do STF no dia de
ontem.
Evidentemente, todos os ministros do STF
já conheciam o parecer do relator e, também, do mérito do processo relativo ao
“HABÉAS CORPUS” proposto pelos advogados do ex-presidente LULA.
Entendo que ministro do STF não precisa
justificar o seu voto.
Basta consultar e ouvir a sua própria
consciência.
Do exposto, entristeceu-me assistir às
extensas justificativas expostas por Suas Excelências.
As suas ideias como que viajavam para os
polos Norte e Sul.
Em outras palavras:
Eu tinha a impressão de que cada
ministro defendia uma tese ou dava aula a alunos de uma universidade.
Se eu fora ministro do STF, o meu voto
não demoraria mais do que 10 minutos.
A maioria da retórica de Suas Excelências
era estranha ao tema.
Citou-se até estatísticas de violência.
Ninguém justificou o seu voto à vista do
processo.
Ninguém afirmou que o apartamento
pertencesse, de fato, ao ex-presidente.
Ninguém mencionou em nome de quem o AP
estava registrado no cartório de imóveis.
Ninguém contestou se o AP pertence ou
não ao acusado.
O STF é um Tribunal Supremo, ou seja,
acima do Superior Tribunal de Justiça, portanto caberia a si pôr um ponto final
nesse tumultuoso processo de HC.
Rogo, finalmente, que V. Exa. não considere
estas minhas palavras como se fossem críticas, mesmo porque as minhas opiniões
não têm valor, pois somente serei famoso após ser laureado com o Prêmio Nobel
de Literatura.
Respeitosamente,
Edson Almeida Valadares
- 95 anos -
(Poeta e escritor satírico. Pensador.
Contista comparado a Tchecoff; cronista comparado a João do Rio. Poeta satírico
comparado a Gregório de Matos. Estudioso de dez religiões, da Doutrina
Espírita, e da Quimbanda Africana. Doutor em Ciência Contábil. Estudioso das
Ciências da Administração e da Organização. Estudioso da Ciência da Lógica e de
Filosofia. Epitafista. Crítico literário. Estudioso da Eloquência. Orador e
palestrante. Descendente do conde português Jorge Valadares, médico da
expedição de Thomé de Souza, que aportou na Bahia em 1549 e foi construtor do
primeiro hospital Militar do Brasil, em Salvador).
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