Aracaju, 4
de novembro de 2017.
Excelentíssimo Senhor Senador
EUNÍCIO OLIVEIRA, DD.
Presidente do Senado Federal e do
Congresso Nacional.
Excelência:
Antes de
penetrar no amargo desta correspondência, o meu bom senso oferece a V. Exa.
alguns fragmentos da minha biografia.
Considerando
que resido agora nesta capital, situada no Nordeste do Brasil, os vossos
assessores me julgarão iletrado e tabaréu, mas ousado ao incomodar V. Exa. com
os meus questionamentos.
Parece-me evidente que as minhas cartas vão para o arquivo. Os vossos assessores obedecem a esta sentença
comum no Panamá, país da América Central, onde estive 30 dias em missão de
trabalho, como Auditor Contábil de uma Trading-Company brasileira:
“Ponga la basura
en su lugar”.
O mesmo trabalho realizei nas filiais da
França, da Alemanha, do Canadá, dos Estados Unidos da América (duas vezes).
Os meus relatórios sempre eram elogiados pelos
meus superiores.
Em setembro de 1957 ingressei nos quadros da PETROBRAS
por concurso, no qual fui aprovado em primeiro lugar.
Como prêmio, 15 dias após a minha posse, fui
nomeado Contador da Unidade da Amazônia, com sede em Belém do Pará, etc. etc.
Autodidata como Machado de Assis, estudei um rosário
de coisas, notadamente de literatura.
Embora fosse agnóstico, estudei por conta
própria dez religiões, sempre curioso para saber o que me acontecerá após a
inevitável morte, ditada, talvez, pelo mesmo idiota que me deu a vida!
Estudei política com os maiores autores; Geografia
e História Universal.
Estudei quatro idiomas, os quais me foram
úteis na atividade de Auditor.
Na última campanha política que elegeu a
presidente do nosso país, remeti para os dois principais candidatos, os
seguintes e-mails:
Aécio Neves: 289.
Dilma Rousseff: 282.
O primeiro não foi eleito porque não deu a
devida importância ao meu conselho, para que, no segundo turno, concentrasse em
Minas Gerais a sua campanha política.
A ex-presidente foi defenestrada pela simples
razão de não dar importância aos meus conselhos e advertências.
É evidente que ambos nunca estudaram o livro O
PRÍNCIPE, de autoria de Maquiavel.
Eu não acredito em reencarnação, como quer a Doutrina
Espírita.
Contudo, se eu tiver enganado, recorrerei ao Todo
Poderoso para ser reencarnado no Brasil, e, aos 25 anos ser General e Comandante
do Exército.
Assumirei a presidência do País e tomarei as
seguintes providências:
a)Reduzir para 3
os partidos, a saber; Partido Democrático,
Partido Socialista e Partido Trabalhista;
b)
Eliminar do mapa do Brasil todos os Estados.
Em seu
lugar, criar Departamentos, como na França;
c) Todas as polícias seriam federais;
d) A justiça também
seria federal;
e) Implantaria o sistema Unicameral, mediante
a fusão do Senado e da Câmara Federal;
No regime
atual o povo brasileiro paga impostos extorsivos; federais, estaduais e
municipais.
f)
Instituiria a pena de morte para os autores de crimes hediondos;
g) Os Ministérios seriam drasticamente reduzidos;
h) Não haveria corrupção, uma vez que as penas
para os seus autores seriam severas;
i)
Sem usuários não haveria o traficante de drogas.
Portanto cometerá crime grave quem comprar drogas;
j) O Ministro
da defesa seria militar.
Por enquanto, é isso só.
Respeitosamente,
Edson Almeida Valadares
(94 anos.
Pensador. Discípulo do Rei Salomão).
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