Aracaju, 19-11-2017.
Caros leitores:
Como o dragão chinês, estou expelindo chamas
pelas narinas.
Ao tomar conhecimento de alguns poemas e sonetos
de minha autoria, uma competentíssima professora de literatura deu-me o epíteto
de gênio!
Em verdade, quando eu lia os sonetos de
Shakespeare, não fui picado pelo escorpião da inveja.
Outros intelectuais já me presentearam com esse
apodo, o que muito me honra e estimula.
Ao
considerar-me adepto do realismo, não me animo a acreditar na psicografia,
conforme prega a doutrina espírita.
Entretanto,
há ocasiões em que a dúvida me persegue.
O fato é
que não escrevo em prosa eu redijo versos quando quero, mas somente quando
sinto o calor da inspiração.
O dicionário me ensina que a inspiração é
qualquer estímulo ou pensamento, ou à atividade criadora.
Avançando
no raciocínio, me pergunto o que é pensamento?
Pensamento
é a faculdade de pensar logicamente. Poder
de formular conceitos.
Essas
definições e outras semelhantes me parecem abstratas.
Voltando
a psicografia.
O famoso médium brasileiro Chico Xavier nos
anima a acreditar que a psicografia é verdadeira, mas ela é privilégio dos médiuns.
Já li toda
a obra de Allan Kardec (pai da doutrina espírita), do espírita e cientista
francês C. Flamarion, e outros, num total de 50 livros, inclusive romances
espíritas.
Como eu
não acredito no sobrenatural, desconfio de tudo que lhe diz respeito.
Contudo, há momentos que duvido da própria
dúvida, por causa de experiências pessoais.
Eu não
penso quando escrevo em prosa, nem mesmo quando componho poesia.
Terminado
o contexto, somente sei de que se trata na sua primeira leitura.
O fato é
que vou escrevendo com a naturalidade com que água flui de uma fonte.
Isso me
intriga, e as dúvidas me perseguem.
Edson Valadares
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