Aracaju, 7 de fevereiro
de 2017.
Excelentíssimo Senhor Deputado
RODRIGO
MAIA, Presidente emérito
da Câmara dos Deputados.
Rogo aceitar os
aplausos deste poeta e escritor pela vossa espantosa vitória na reeleição para
a elevada missão de continuar a presidir a Casa do Povo.
Acompanhado das minhas mais veementes
homenagens, apraz-me oferecer a V. Exa. o livro “DIÁRIO de UM POETA”, de minha
autoria.
Esclareço que segundo as opiniões de
intelectuais da Bahia, esse Diário é o mais literário do idioma de Camões.
Outrossim, supera os Diários de Joaquim Nabuco
e de Josué Montello.
Ademais, do ponto de vista gráfico, é o Diário
mais bonito jamais editado no Brasil.
Aqui, da planície, graças à TV Câmara,
acompanharei a vossa ação parlamentar.
Desde logo, ofereço a V.
Exa. a minha opinião a respeito da Reforma da Previdência.
Em janeiro de 1977 aposentei-me pelo INSS
recebendo dez salários mínimos, agora reduzidos para menos de 4.
Em breve, os meus proventos do INSS cairão a
um salário mínimo. Se não fora os
proventos pagos pela PETROS eu iria morar numa favela.
Parece-me que a reforma ora proposta pelo Poder
Executivo pretende prejudicar a nós, aposentados, em benefício de futuros
aposentados.
Argumenta-se que aumenta a idade do povo
brasileiro, e por essa razão, a Previdência irá soçobrar num futuro próximo.
Excelência:
Para o julgamento dessa reforma faz-se
necessário averiguar-se quantos contribuintes do INSS morrem antes de completar
65 e 70 anos de idade.
Acredito que milhões de contribuintes morrerão
antes de gozar do direito da aposentadoria.
Outrossim, é preciso que se façam cálculos atuariais,
para que a Câmara tenha elementos confiáveis para aprovar ou não essa reforma.
Respeitosamente,
Edson
Almeida Valadares
(93 anos. Poeta e escritor. Candidato
ao Prémio Nobel de Literatura de 2017)
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