Aracaju, 19 de março
de 2019.
Excelentíssimo Ministro
DIAS TOFFOLI, eminente
Presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF).
Brasília
Excelência:
Preliminarmente, rogo a leniência de V. Exa.
para me permitir a ousadia de vos enviar esta epistola.
Quem sou eu?
Para não me alongar, junto a esta missiva a
minha biografia literária.
Acrescento, ademais, que sou candidato ao
Prêmio Nobel de Literatura de 2018 e de 2019, aos 95 anos. Portanto, o
candidato mais longevo da história desse valioso prêmio.
Espero que se os jurados forem justos, eu
serei o primeiro brasileiro a ser agraciado.
Permita-me acrescentar o seguinte:
Literatos de Sergipe e da Bahia me consideram
que no século XXI, eu seja:
a) Poeta do nível de Goethe e de Shakespeare;
b) Poeta satírico do nível de Gregório de Matos;
c) Contista semelhante a Tcheccoff;
d) Cronista igual ao carioca João do Rio;
e) Epistológrafo, discípulo do romano Cícero e da condessa
francesa Mme DE SÉVIGNÉ, etc.
A minha obra literária se compõe de uns 15
livros volumosos. Já foram publicados cinco.
As tiragens são de apenas 30 exemplares, pagos
pelos meus proventos de aposentado.
Não vendo livros, razão pela qual ainda não
subi as escadas da fama.
Rogo a TÂNTALO - o deus da morte - que me
conceda mais cinco anos de vida, tempo que preciso para editar todos eles, e,
anualmente, concorrer ao Prêmio Nobel, com os livros já publicados.
Desculpe-me pelo motivo desse longo prelúdio.
A razão desta correspondência é a seguinte:
O Presidente da República governa durante quatro
anos, entretanto, o tempo do presidente do STF é de apenas dois anos.
No ensejo, acrescento:
Segundo os dicionários, o símbolo da Justiça é
uma mulher segurando uma balança, e não uma mulher de olhos vendados, como
existe na frente do edifício desse Tribunal.
Com a minha maior admiração e apreço a V.
Exa., subscrevo-me mui respeitosamente.
Edson Almeida Valadares
(Descendente do conde Português
Jorge Valadares, médico da expedição
de Tomé de Souza).
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