terça-feira, 25 de setembro de 2018

Câmara dos Deputados


Aracaju, 24 de setembro de 2018.


 Câmara dos Deputados
 Banco de Ideias
 Comissão de Legislação
 Participativa.
 Brasília


Excelências:

 Eu nasci numa fazenda sita no sertão do estado de Sergipe no ano de 1924.
 Aos nove anos de idade, concluiu o então curso primário.
 Aos dez anos, reuni-me à minha família e conheci os meus oito irmãos, os quais me pareciam estranhos.
 Aos 12 anos, mudamos para a capital do Estado, Aracaju.
 Em 1945, recebi diploma de curso superior.
 Em 1950, embarquei num avião da Varig e migrei para a cidade do Rio de Janeiro, onde morei durante 50 anos e vivi uma saga digna do deus Hércules.
 Como auditor contábil, trabalhei na França, na Alemanha, no Canadá, nos Estados Unidos e no Panamá.
 Aposentei-me em 1984.
 Ao morar durante sete anos na cidade de Ilhéus (Bahia), iniciei a minha carreira literária em prosa e verso.
 Sou candidato ao Prêmio Nobel de Literatura.
 Jamais precisei de ajuda ou auxílio do Estado e nem de ninguém.
 Em 1956, participei de um concurso para Contador da PETROBRAS. Fui aprovado em primeiro lugar.
Voltando o ponteiro do relógio, acrescento que aos doze anos de idade já era o datilógrafo mais rápido do Brasil. A minha mãe me empregou num cartório, e, daí em diante, eu adquiri independência financeira.
Do exposto, nunca mamei nas tetas da Nação.
Desde cedo, aprendi que o segredo da vitória é a vontade.
Outrossim, recebi da Natureza as chaves da Ciência da Lógica, do Bom senso e da Razão.
A palavra “social” virou moda.
                Pobre é o culpado de si mesmo.
Hoje em dia, os milhões de pobres deste país não “pedem uma esmola pelo amor de Deus”. Exigem.
Quantos iletrados existem no Brasil? Penso que o IBGE ignora, ou sabe, mas evita divulgar.
 Os favorecidos com o programa Bolsa Família, acham que a Nação possui jazidas de ouro e pedras preciosas, e tem a obrigação de dar tudo de graça.
 O mesmo acontece com os Estados e Municípios.
Os governadores e prefeitos vivem a mendigar dinheiro do Tesouro Nacional, ignorando que as dádivas que recebem saem do bolso de quem paga impostos diretos, principalmente?
 Por que o Poder Executivo não emprega os favorecidos do Bolsa Família na manutenção das estradas?
 Respeitosamente,

           Edson Almeida Valadares
 (Poeta e escritor satírico. Pensador. Descendente do conde Jorge Valadares, médico da expedição de Tomé de Souza;95 anos).

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