Aracaju, 24 de setembro de 2018.
Câmara dos
Deputados
Banco de Ideias
Comissão de Legislação
Participativa.
Brasília
Excelências:
Eu
nasci numa fazenda sita no sertão do estado de Sergipe no ano de 1924.
Aos nove anos de idade, concluiu o então curso
primário.
Aos
dez anos, reuni-me à minha família e conheci os meus oito irmãos, os quais me
pareciam estranhos.
Aos
12 anos, mudamos para a capital do Estado, Aracaju.
Em
1945, recebi diploma de curso superior.
Em
1950, embarquei num avião da Varig e migrei para a cidade do Rio de Janeiro,
onde morei durante 50 anos e vivi uma saga digna do deus Hércules.
Como
auditor contábil, trabalhei na França, na Alemanha, no Canadá, nos Estados
Unidos e no Panamá.
Aposentei-me
em 1984.
Ao
morar durante sete anos na cidade de Ilhéus (Bahia), iniciei a minha carreira
literária em prosa e verso.
Sou
candidato ao Prêmio Nobel de Literatura.
Jamais
precisei de ajuda ou auxílio do Estado e nem de ninguém.
Em
1956, participei de um concurso para Contador da PETROBRAS. Fui aprovado em
primeiro lugar.
Voltando o ponteiro do relógio,
acrescento que aos doze anos de idade já era o datilógrafo mais rápido do
Brasil. A minha mãe me empregou num cartório, e, daí em diante, eu adquiri
independência financeira.
Do exposto, nunca mamei nas tetas da
Nação.
Desde cedo, aprendi que o segredo da
vitória é a vontade.
Outrossim, recebi da Natureza as chaves
da Ciência da Lógica, do Bom senso e da Razão.
A palavra “social” virou moda.
Pobre é o culpado de si mesmo.
Hoje em dia, os milhões de pobres deste
país não “pedem uma esmola pelo amor de Deus”. Exigem.
Quantos iletrados existem no Brasil?
Penso que o IBGE ignora, ou sabe, mas evita divulgar.
Os
favorecidos com o programa Bolsa Família, acham que a Nação possui jazidas de
ouro e pedras preciosas, e tem a obrigação de dar tudo de graça.
O
mesmo acontece com os Estados e Municípios.
Os governadores e prefeitos vivem a
mendigar dinheiro do Tesouro Nacional, ignorando que as dádivas que recebem
saem do bolso de quem paga impostos diretos, principalmente?
Por
que o Poder Executivo não emprega os favorecidos do Bolsa Família na manutenção
das estradas?
Respeitosamente,
Edson Almeida Valadares
(Poeta e escritor satírico. Pensador.
Descendente do conde Jorge Valadares, médico da expedição de Tomé de Souza;95
anos).
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