Aracaju,
19 – janeiro – 2017.
PETROBRAS
Referência – Devolução de solicitação
de código 2198448 do Serviço Benefício Farmácia.
Recebi
o seu email datado de ontem, o qual me causou espanto.
Esse
Setor de Atendimento além de ignorante é extremamente burocrático.
Vocês
não respeitam a nós, da Velha Guarda.
Eu
ingressei na PETROBRAS em setembro de 1957, após passar em primeiro lugar num
concurso para Contador.
Passados
15 dias após a admissão fui nomeado Contador- seccional da Unidade sediada em
Belém do Pará (SRAZ).
Nessa
época, a PETROBRAS ainda era uma criança de peito.
Antes
de ingressar na empresa eu exercia o cargo de Contador-geral de um Banco nessa
cidade.
Conhecedor
profundo da Ciência Contábil, da Ciência da Administração e da Ciência da
Organização, muito contribui para a Organização da PETROBRAS, a qual recebeu do
Conselho Nacional do Petróleo o acervo da Contabilidade Pública.
Retornando
ao assunto de seu desastrado email.
O
autor dessa exigência absurda deveria estar internado num hospício.
Eu
tomo o remédio Marevan há uns 15 anos. Compro sem receita médica. Não é remédio
controlado.
O
seu uso visa a manter o INR entre 2 e 3. Faço exame de sangue a cada 30 dias no
intuito de medir o Tempo de Protombina.
Esse
medicamento não se destina a curar doença. Devo tomá-lo enquanto viver.
Não
vou mandar Laudo Médico e Laudo de Exames realizados que comprove a doença
(SIC).
Não
há doença como pensa esse energúmeno e analfabeto que faz essa exigência.
Não
mais solicitarei reembolso desse remédio. Continuarei a comprar e a pagar do
meu bolso, como sempre fiz.
Este
novo sistema criado pela AMS é um gigantesco monstro, inventado por burocratas
inimigos da Ciência da Organização.
Essa
exigência absurda sobre o reembolso do medicamento Marevan, me conduz ao
seguinte raciocínio:
Vocês,
neófitos funcionários da PETROBRAS, agem contra nós, aposentados, como lídimos
protetores do patrimônio dessa empresa estatal. Os aposentados são vilões.
Esquecem-se de que fomos nós, os primeiros funcionários, quem construímos os
alicerces desse enorme edifício ao qual chamamos PETROBRAS.
Vocês
se acham com o direito de baixar normas estapafúrdias, como as que atualmente
regem a sistema da AMS, o qual criou uma burocracia extravagante.
No
passado, o petroleiro comprava o remédio na farmácia e assinava um documento
que permitia o pagamento pela PETROBRAS.
Esse
sistema ideal foi revogado. Agora, está em vigência um novo sistema que nos
obriga a pagar os remédios e escanear a nota fiscal e a receita médica.
Quem
não tem computador vê-se obrigado a recorrer a uma LAN HOUSE, como é o meu
caso.
VIVA A BUROCRACIA!
Edson
Almeida Valadares
(Contador da PETROBRAS
aposentado). Poeta e escritor. Candidato ao Prêmio Nobel de Literatura de 2017)
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