segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

PETROBRAS




Aracaju, 19 – janeiro – 2017.



PETROBRAS

Referência – Devolução de solicitação de código 2198448 do Serviço Benefício Farmácia.


Recebi o seu email datado de ontem, o qual me causou espanto.
Esse Setor de Atendimento além de ignorante é extremamente burocrático.
Vocês não respeitam a nós, da Velha Guarda.
Eu ingressei na PETROBRAS em setembro de 1957, após passar em primeiro lugar num concurso para Contador.
Passados 15 dias após a admissão fui nomeado Contador- seccional da Unidade sediada em Belém do Pará (SRAZ).
Nessa época, a PETROBRAS ainda era uma criança de peito.
Antes de ingressar na empresa eu exercia o cargo de Contador-geral de um Banco nessa cidade.
Conhecedor profundo da Ciência Contábil, da Ciência da Administração e da Ciência da Organização, muito contribui para a Organização da PETROBRAS, a qual recebeu do Conselho Nacional do Petróleo o acervo da Contabilidade Pública.
Retornando ao assunto de seu desastrado email.
O autor dessa exigência absurda deveria estar internado num hospício.
Eu tomo o remédio Marevan há uns 15 anos. Compro sem receita médica. Não é remédio controlado.
O seu uso visa a manter o INR entre 2 e 3. Faço exame de sangue a cada 30 dias no intuito de medir o Tempo de Protombina.
Esse medicamento não se destina a curar doença. Devo tomá-lo enquanto viver.
Não vou mandar Laudo Médico e Laudo de Exames realizados que comprove a doença (SIC).
Não há doença como pensa esse energúmeno e analfabeto que faz essa exigência.
Não mais solicitarei reembolso desse remédio. Continuarei a comprar e a pagar do meu bolso, como sempre fiz.
Este novo sistema criado pela AMS é um gigantesco monstro, inventado por burocratas inimigos da Ciência da Organização.
Essa exigência absurda sobre o reembolso do medicamento Marevan, me conduz ao seguinte raciocínio:
Vocês, neófitos funcionários da PETROBRAS, agem contra nós, aposentados, como lídimos protetores do patrimônio dessa empresa estatal. Os aposentados são vilões. Esquecem-se de que fomos nós, os primeiros funcionários, quem construímos os alicerces desse enorme edifício ao qual chamamos PETROBRAS.
Vocês se acham com o direito de baixar normas estapafúrdias, como as que atualmente regem a sistema da AMS, o qual criou uma burocracia extravagante.
No passado, o petroleiro comprava o remédio na farmácia e assinava um documento que permitia o pagamento pela PETROBRAS.
Esse sistema ideal foi revogado. Agora, está em vigência um novo sistema que nos obriga a pagar os remédios e escanear a nota fiscal e a receita médica.
Quem não tem computador vê-se obrigado a recorrer a uma LAN HOUSE, como é o meu caso.


   VIVA A BUROCRACIA!



Edson Almeida Valadares
(Contador da PETROBRAS aposentado). Poeta e escritor. Candidato ao Prêmio Nobel de Literatura de 2017)

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