segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Luiz Carlos Facó




Aracaju, 22 de janeiro de 2017



Ao doutor LUIZ CARLOS FACÓ.
Prezado mestre residente na histórica cidade
 de Salvador, Bahia.


Agora são 10h15 de uma manhã mais de inverno do que de verão.
Nas últimas quatro horas estive lendo o livro “EUCLIDES DA CUNHA e a BAHIA”, de autoria do escritor baiano Oleone Coelho Fontes.
Já li no curso da minha existência, alguns livros sobre a guerra de Canudos.
Este, porém, me parece inédito, original, minucioso, informativo.
A curiosidade me fez abandonar a leitura do livro “DISCOURS SUR L’ HISTOIRE UNIVERSELLE”, de autoria do famoso escritor francês BOSSUET, publicado em 1881 pela LIBRAIRIE HACHETTE (Paris), e me dedicar à leitura do livro em questão.
Mas o “Leitmotiv” desta epístola é o que se segue. “Qui Suis-je”? Estou sempre a me fazer esta pergunta sem obter resposta.
Você tem sido o meu único psicólogo, a quem devo frequentes fragmentos de quem sou eu!
Dou um exemplo que acaba de me acontecer.
É muito frequente que independente da minha vontade ou do meu pensamento, me surjam palavras que estavam esquecidas e até mesmo palavras desconhecidas.


Nesta manhã, quando eu lia com atenção um trecho do livro de Oleone, surgiu-me, de repente, a palavra “estereótipo” a mim completamente estranha.

Consulto o dicionário. Dentre outros sentidos, colho este:
“Aquilo que é falto de originalidade, banalidade, lugar-comum, modelo, padrão. ”

Estereotipar:

“Formar ideia ou imagem classificatória preconcebida sobre alguém ou algo”.

Quando escrevo em prosa e verso, não penso as palavras que devo empregar. Elas vão surgindo com a naturalidade com que flui a água de uma fonte, na mesma velocidade da caneta, ou seja, ao correr da pena.
Recentemente, compus um poema com 62 versos em poucos minutos. Ao fazer revisão não alterei uma única palavra.
Então lembrei-me do conselho do poeta GOETHE: “Aquilo que você escreve no momento da inspiração, não altere depois”.
Por tudo isso e muito mais, estou sempre a perguntar-me:

             “Qui suis-je”?



            Edson Valadares


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