Excelentíssimo Senhor
Presidente
desta Casa de Cultura, doutor
JOSÉ ANDERSON NASCIMENTO.
Senhoras e senhores
acadêmicos, e convidados.
Ultimamente,
os meus ouvidos têm escutado nesta Academia a declamação de poemas de segunda
categoria, de autoria de poetas e de poetisas até famosos, graças à publicidade
das editoras e da mídia ignorante do que seja poesia.
Menciono
apenas um: CARLOS DRUMOND DE ANDRADE, que mereceu críticas por parte do mais
importante crítico literário do Brasil, AGRIPINO GRIECO.
Afirmava
o saudoso crítico, considerado o Sainte-Beuve brasileiro: “Os versos de Drumond
de Andrade são tão compridos que podem ser carregados num caminhão”.
Há
em Sergipe, uma poetisa sublime. Chama-se DEISE VALADARES, nascida na cidade de
Tobias Barreto, no ano de 1984.
Formou-se
em psicologia.
É
funcionária da prefeitura desta capital.
Aos
nove anos de idade morava na cidade do Rio de Janeiro, quando compôs o seu
primeiro poema que já nascia obra-prima: “A BAILARINA”, que passo a recitar, e
mais outros.
A BAILARINA
______________________________________
Eu sou a bailarina
Eu sou muito pequenina
Rodo rodo sem parar
Às vezes penso que vou voar
Mas já sou uma voadora
Com as asas da imaginação
Sou passarinho que voa
Sem tirar os pés do chão
Eu não canso de dançar
Quando saio do palco
Sou uma pequena menina
Que sonha em ser
Uma grande bailarina
Deise
Valadares
A Deise tem apenas um defeito. É humilde. Evita
publicidade.
Recrimina-me porque a proponho ao Prêmio Nobel
de Literatura.
Tenho dito.
Aracaju, 7 de dezembro de 2016
Edson Valadares
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