terça-feira, 18 de agosto de 2015

SAUDADES DE HAMBURGO



 SAUDADES DE HAMBURGO


Hamburgo! Hamburgo! Adeus, adeus.
As saudades de ti dilaceram meu coração
e se agravam por saber que jamais te reverei,
pois da Morte já ouço o som dos clarins
anunciando minha viagem em direção ao Estige.
És do Universo uma das cidades mais lindas!
As tuas ruas límpidas como as aguas do mar;
as praças perfumadas pelas flores dos jardins.
Os serenos lagos congelados no inverno,
onde crianças de roupas coloridas patinam.
Os parques onde sorriem árvores verdejantes,
e os passarinhos em algazarra tecem ninhos.
À noite os astros te beijam com seus raios.
Oh Hamburgo: eu te amo, te amo como
o infeliz Romeu amor a desditosa Julieta!
Amo a neve que chove compondo poesia.
Amo as torres de tuas igrejas beijando as nuvens;
amo as brancas gaivotas que brincam no céu.
Admiro o voo rasante do albatroz no rio Elba,
e amo, sobretudo, as tuas divinas mulheres
altas, elegantes, de olhos verdes, azuis,
tão belas como as deusas Diana e Afrodite.
Lágrimas em pérolas caem dos meus olhos tristes,
porque de ti, Hamburgo, eu morro de saudades!

 Ilhéus, 05-maio-1999

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