segunda-feira, 3 de agosto de 2015

O TEMPO PASSA DEPRESSA



 
O TEMPO PASSA DEPRESSA


No espelho observo meus cabelos brancos,
sinais de um tempo que passou depressa
e eu envelheci sem noção de pressa,
ignorando que os dias perdidos foram tantos!


No meu rosto sulcam tantas rugas,
como de um jardim as flores.
Minha vida? Um turbilhão de dores,
de desilusões, de desesperanças, de fugas.

Agora choro o tempo que passou
e morrerei sem saber para onde vou.
Sucederam-se rápidas as primaveras,

e de mim restará apenas um retrato
na parede fria e triste do meu quarto,
um quarto repleto de memórias e sem janelas.
 

Manhã sombria de 25-02-2003.


Edson Valadares


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