DIÁRIO
2020
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Agosto
19. Meu Diário.
Na madrugada de hoje tive um sonho fantástico.
Na década de 1980 eu morava na cidade do Rio
de Janeiro.
O meu filho acabava de receber diploma de
dentista.
Hoje, aos 62 anos, ele é o segundo maior
dentista do Brasil. Reside na Cidade Maravilhosa.
Como presente de formatura a mãe dele -falecida
de câncer – disse-me: O Carlos quer um cachorro; que me custou duzentos reais. Justamente
um pequinês. Talvez o único cachorro que morde o dono.
Após 15 dias, o animal foi abandonado pelo
dono.
Eu criei cachorros na minha infância na
fazenda do meu avô.
Fui escravo dele durante 10 anos, quando
morreu.
O animal apegou-se a mim.
Fazia questão de dormir na minha cama.
Mordia-me quando eu, dormindo, tocava nele.
A minha esposa exigiu que o Rex (nome do
animal) fosse expulso do apartamento.
Na primeira noite em que eu o expulsei, ele
arranhava a porta e latia estrondosamente.
Desisti. O bicho voltou a dormir na minha cama.
A minha esposa alojou-se no apartamento da
filha e, seis meses depois, desquitou-se e voltou a morar em Aracaju.
Esta foi uma tragédia na minha existência.
Edson Valadares
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